Em tese de doutorado, pesquisadora da Unimontes revela risco cardiovascular em estudantes

22/05/2018

Um percentual próximo a 27% de alunos dos ensinos Fundamental e Médio, em escolas públicas estaduais do município de Montes Claros, apresentaram índices indesejados do Colesterol Total. O valor médio relativo ao Triglicérides também é preocupante, com 34,1% de estudantes com índices alterados (limítrofe mais indesejáveis). O perfil é constatado no estudo desenvolvido pela professora doutora Claudiana Donato Bauman, do Departamento de Educação e do Desporto, da Universidade Estadual de Montes Claros.

Os dados foram divulgados com a defesa da tese produzida pela pesquisadora no âmbito do doutorado em Ciências da Saúde.

O trabalho de Bauman, que analisa a "Dislipidemia", ou alteração de lipídeos nos níveis sanguíneos, foi desenvolvido por amostragem em alunos da rede pública estadual de ensino em Montes Claros, com abrangência projetada para 77,8 mil estudantes de 63 escolas.

Os cálculos amostrais foram levantados com base na avaliação de 635 crianças e jovens entre 10 e 16 anos, com coleta de sangue e análise de quatro indicadores. Além do Colesterol Total e do Triglicérides, foram observados os percentuais de LDL-c e HDL-c (este, o chamado “colesterol bom”).

Estilo de vida inadequado

"Os índices anormais revelados no estudo podem ter caráter genético, mas na maioria das vezes estão associados ao estilo de vida inadequado, principalmente ao sedentarismo e à alimentação hipercalórica, que provocam o aumento do Colesterol Total, do Triglicérides e do LDL-c, além dos baixos níveis de HDL-c", analisa Claudiana Bauman.

Segundo a pesquisadora, como aspecto conclusivo, estes indicadores podem colaborar com o desenvolvimento precoce de doenças cardiovasculares nestes indivíduos. "Cerca de 40 a 55% de adolescentes não tratados terão problemas metabólicos como a aterosclerose (placas de gordura nas artérias) quando se tornarem adultos", completa.

Na conclusão da tese, a professora Claudiana Bauman considera os resultados como alarmantes. “Com exceção do HDL-c, as médias e a prevalência de alterações em Montes Claros estão acima dos valores de estudos similares sobre a base populacional brasileira".

Ao mesmo tempo, a pesquisadora revela que, com o ineditismo do estudo para o município, com abrangência nesta faixa etária, os dados revelados podem subsidiar a criação e implantação de políticas públicas de saúde, focadas excepcionalmente na saúde de crianças e adolescentes.

Um dos produtos finais da pesquisa é um vídeo que fala sobre o risco de doenças cardiovasculares ainda na adolescência diante da incidência dos fatores de risco. Assista clicando aqui.



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